Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

escolhe outro

escolhe outro

Duas imagens.

Um tronco que repousa. Completamente abandonado deixa-se arrastar no tempo.

Como tudo que está só, vai-se degradando. Talvez a sua persistência e força ainda o mantenha visível. Algo da sua forma original ainda é perceptível.

Duas imagens. Quatro anos as separam.

Entretanto, alguém o irá arrastar para o um local longe da vista de todos. Ou então irá degradar-se até um dia desaparecer.

Duas imagens. Tantas imagens nos tomam o pensamento. Imagens de troncos, pessoas...

Afinal esta é a evolução de tudo. De todos.

Cruzamo-nos por aqui.

Há coisas que aprendemos desde pequenos, e que até muito tarde julgamos serem as verdades.

Habituamo-nos a acreditar que onde vivemos, existe um mundo de partilha que podemos usufruir, respeitando e não estragando. Um espaço que é de todos. Mas... não é assim!

Afinal esta terra que deveria ser de todos nós, não passa de um pedaço de terreno que alguns se apoderaram.

Apenas nos resta pagar, alugar. Porque este espaço, esta terra de nosso nada tem.

Caos, poderia ser a palavra certa, mas lá se vai passando (ao lado) por estas paragens.

Observo a chegada do pavimento para os espécimes.

Pavimento com duas funcionalidades, já que algum poderá até servir de almoço.

Alguns (muitos) girassóis, fazem isso mesmo, procuram o sol que hoje estava radioso por aquelas paragens.

Ao fundo o Marquês observa, achando que esta zona da cidade terá recuado ao seu tempo.

 

Parece que é amanhã o dia de por tudo isto a funcionar.

Se eu lá vou estar? Por acaso não.

Não porque até não tenha alguma graça ver as hortaliças sobre o asfalto. Até mesmo ver os animais que vão estar por ali.

Mas tenho algum receio.

Não vá o Marquês soltar o leão, quando souber que por aquelas bandas vai lá estar o TC.

Isso mesmo.

O que é preciso é animar a malta. Alegrar o povo.

Não que eu seja contra a que cada um se possa divertir. Mas fechar (praticamente) uma das vias principais da cidade durante quatros dias, prejudica muitos daqueles que andam a trabalhar, a fazer algo por este país. Que o diga quem precisa de passar por aqui todos os dias.

Mas não há nada a fazer. Então venham as camionetas, os pasteis de bacalhau, os frangos assados e os garrafões de vinho, que a festa está para breve.

Enquanto isso, muitos se esforçam para encontrar forma de trabalhar, torneando estes percalços que nos colocam no dia-a-dia, para além daqueles que são inevitáveis.

Suponho que até sábado a coisa vai piorar.

Eu dou notícias.

Esta imagem é dedicada a todos o amigos que visitam este cantinho.

Tenham um bom resto de fim-de-semana, e que ele vos tenha trazido alguma energia para a semana que se avizinha.

Agora digam lá que ouvir estes sons, desta forma, não é... "outra coisa"?

Cruzamo-nos por aqui.