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escolhe outro

escolhe outro

És uma parte de um grupo,
um ser sem ter valor.
És uma pequena peça,
numa engrenagem imensa,
um elemento sem cor.

 

Dão-te um hino decorado,
um cântico velho e cansado.

Dão-te uma cor sem beleza,
pintada com tons de tristeza.

Dão-te uma bandeira, um estandarte,
um pano liso e sem arte.

Dão-te um credo, uma religião,
esgotam-te a opinião.

Dão-te uma politica qualquer
e julgas que podes escolher.

Dão-te um número, um registo,
serás conhecido por isso.

 

Nos momentos em que te encontras,
és algo que não conheces.
És algo que não entendes.
Tão ignorado te sentes,
sem identidade envelheces.

Lembramo-nos dele sempre que o sol arrefece.

Sabemos que é um tempo. Uma passagem.

Sentimos as mãos como que agarrando um barco.

Cheios de vontade, mantemo-lo a navegar.

Mesmo que folhas secas se nos cruzem no caminho.

Mesmo que a luz se esconda de nós.

Sabemo-lo bem.

É chegado o Outono.

Boas vindas, a todas as cores misturadas de ouro e cobre.

Perdes a identidade
na penumbra, na ilusão.
Já não sabes a verdade,
não reconheces vontade,
tudo te escapa da mão.

Moves-te como uma engrenagem,
em caminhos já marcados.
Maquina biológica que és,
presa num mundo a teus pés,
pensamentos adiados.

Nessa luz que possuis.
Nesse caminho iluminado.
Resta-te sempre a esperança,
que a vontade de mudança
crie um ser humanizado.

Caminho que não acaba.
Mesmo atingindo essa margem.
É preciso permanecer,
ter força para mover,
trazer outros na viagem.

Vejo-os lá ao longe.
Sobre suas ténues pontes
rasgadas nos pensamentos.
Sentem perigos em seu redor.
Ouço os seus lamentos.

 

São fonte do seu sustento
universos por explorar.
Chegam com a mesma avontade.
Tranportam tochas de luz.
Cantam hinos de amizade.

 

 

Iluminam meus caminhos.
Unem suas cidades
em estradas enexistentes.
Caminhantes deste nada,
criam terras emergentes.

 

Em grupo ou isolados,
dão um pouco do que teem.
Neste mundo de ilusóes,
onde não estarei ausente,
sinto as suas emoções.

 

Á distância de um click!

Assim é este mundo virtual.

Aqui, viajamos pelo espaço.

Cheios de vontade de mostrar o que somos, como pensamos.

Com pinceladas de cores e palavras construídas na nossa imaginação,

desejamos sempre chegar à mente das visitas destes espaços abertos.

 

Chegamos mais longe, muito mais longe.

E de um momento para o outro, como num rápido abrir e fechar de olhos,

chegam-nos as respostas aos nossos pensamentos expostos.

Peças que sempre se encaixam. Outras ideias de outras pessoas.

 

Talvez seja isso que nos faça escrever, pensar, desenhar. Talvez...

Talvez seja um pequeno gesto egocêntrico.

 

Talvez estas virtualidades se tornem mais reais em cada um de vós, talvez...

Olhando o horizonte,

vejo-os aqui chegados.

Carregando as vossas dúvidas.

Pensamentos esboçados.

 

 

Aqui eu, vos espero.

E num gesto de criar.

Vos entrego estas asas.

Que elas vos façam voar.

 

Voem, ergam-se.

Pairem sobre vossas vontades.

Subam aos vossos mundos.

Enfrentem realidades.

 

E sempre pairando no ar,

usando o sonho criado.

Nada será impossível.

Nem que seja imaginado.

todos que, quase sem querer, entram neste estranho mundo.

Conhecimentos que não conhecem.

Onde seres em voos vos observam.

Na noite iluminada por quem sabe,

por quem escreve,

por quem escuta,

por quem lê.

Sejam bem vindos a este mundo, que vos espera.

Venham!

Venham sempre que essa sede de ideias vos "obrigue".

 

Caminhando por estreitas pontes.

Na direcção da luz que vos guia.

Na procura de uma entrada.

 

Se sentirem um vento fresco.

É porque esse é o caminho certo.

Que esse sopro vos acalme.

Naquela noite.

Naquela noite de muitas luzes.